Tudo isto por causa de pessoas. Frágeis seres humanos que eu já considerei como irmãos e que com o tempo sinto que me afasto, mais e mais e mais...
Olho para eles e já não vejo as semelhanças que outrora me faziam pensar que seriamos amigos para sempre. Já não vejo o meu amigo. É o mesmo corpo mas não é a mesma pessoa.
Uma parte de mim quer chorar, agarrá-los, sacudi-los perguntar-lhes o que aconteceu. O que fizeram? Porque mudaram? Porque arruinaram tudo?
Mas outra parte de mim, uma parte mais calma, ponderada, sábia talvez, agarra esse meu lado furioso suavemente pela mão e sussurra-lhe: "Onde está aquela rapariga frágil que chorava sempre ao adormecer? Onde está aquela rapariga cheia de fogo que odiava quase tudo e quase todos? Elas também se foram Ana".
Dou razão às duas no entanto. Eles mudaram, sim, mas eu ainda mudei mais.
- 22:32
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